Memórias de Viagem: Blackpool e a importância de pesquisar bem um hotel…

A ideia inicial desse blog era a de escrever enquanto estava viajando… Mas, planos mudam, não é mesmo? Mas hoje resolvi dar uma desenferrujada na escrita e colocar pra fora um pouquinho das coisas legais (e não tão legais assim) que vivi. Relembrar é viver, não é isso o que dizem?

Revendo algumas fotos, me deparei com as que tirei em Blackpool. Provavelmente, você nunca deve ter ouvido falar dessa cidade. Eu mesma só descobri esse lugar quando já estava no Reino Unido. 😀

Blackpool é uma cidade que fica na parte litorânea da Inglaterra. Ela é famosa pela Blackpool Tower (que lembra a Torre Eiffel) e por vários cassinos que a cidade possui. É quase uma Vegas britânica (ok, ok… nem tanto).

Pois bem… nossa aventura começa no planejamento. Alguns acham que viajar é, simplesmente, colocar a mochila nas costas e ir sem rumo por aí. Para alguns, essa estratégia pode até funcionar. Mas não é todo mundo que sobrevive a uma viagem com planejamento zero (e nem toda conta bancária rs).

Blackpool é uma cidade de praia e estávamos no auge do inverno inglês, ou seja, baixa temporada e os preços estavam super em conta. Sempre achei a combinação frio e mar linda. Sou daquelas nerds que vai pra praia com um livro!  Vimos várias promoções de hotéis para a região e uma nos chamou a atenção: £60 (um pouco mais de R$ 120,00) por 3 noites, para duas pessoas. Parecia ser uma boa! Lemos alguns comentários de alguns viajantes, vimos algumas fotos, e tudo parecia ser ok. Confesso que não dedicamos um tempo longo lendo todos os comentários, nem fizemos uma análise detalhada do local. Vimos o lugar, achamos a promoção boa, e o hotel tinha uma boa nota no Booking.com. O que poderia dar errado, né?

Mas… como era de se esperar, tudo tem que ter uma certa emoção comigo. Descobrimos, com muita dor, que o barato pode sair beeem caro. Saímos de casa com um frio desgraçado, estava chovendo horrores e o vento gelava a alma. A Inglaterra é fria, mas naquele dia ela estava de parabéns. Quando chegamos na rodoviária, descobrimos que estava tudo atrasado por conta das fortes chuvas (Yeah!). Finalmente, chegamos na cidade e fomos procurar nosso hotel. As fotos no Booking.com e no TripAdvisor eram bem legais. Procura daqui, procura dali. Passamos pela porta minúscula do hotel umas 2 vezes. Quando entramos, o mocinho da recepção estava mais perdido do que a gente. Nos levou para o quarto e, já pelas escadas (não tinha elevador), sentíamos aquele cheiro de mofo. Mas ainda tínhamos esperanças. Quando abrimos a porta do quarto, nossa… que decepção. Um quarto velho, com roupa de cama encardida, cabelos alheios na colcha, um aquecedor que não aquecia nem meus pés. Rolou um certo desespero, porque eu estava com nojo de sentar até na cadeira.

 

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Eu disse que estava chovendo, né? Acho que a chuva deixou tudo um pouco mais trágico. Decidimos que não tinha condições de ficarmos no hotel e procuramos outro lugar pra ficar. Acabamos parar em um Ibis Styles, porque já estava tudo tão frustrante, que a gente só queria deitar e descansar. E ficar andando na chuva não estava tão legal. Foi uma graninha no hotel, mas valeu super a pena. O bom do Ibis, ou de qualquer rede de hotéis grande, é que você sabe o que esperar, pois eles seguem o mesmo padrão em todos os lugares. Ou seja, pagamos mais caro, mais fomos recebidos com caminha confortável, cheirosa e, como era baixa temporada, ainda ficamos em um quarto com vista para o mar.

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Vista do nosso quarto 😀

Desde então, a gente sempre pensa duas vezes antes de fazer qualquer reserva. Não é que precisemos de luxo, mas é que chega uma certa hora que você só quer deitar num lugar limpinho  e confortável. Mesmo para os que viajam sozinhos e ficam em hostels, tem várias opções com preços super em conta e que, com certeza, não te causam repulsa ao tocar nas coisas. Sempre leio todos os comentários, vejo todas as fotos no booking.com, no TripAdvisor. Essa foi uma exceção. Acabei lendo apenas os primeiros e não nos atentamos aos que os outros viajantes disseram sobre o lugar. (Nunca cometa esse erro!) Que fique bem claro que é super possível encontrar lugares bem baratos e super tranquilos de ficar. Viajar não significa deixar um rim em cada lugar que você visite. Eu fico de boa nos passeios baixa renda, opto pelas opções mais em conta,  e sempre tento ver o que tem para fazer de graça nos locais. Mas descobri que, realmente, é melhor pagar um cadinho mais pelo conforto.

Cada um tem seus pequenos momentos de luxo. O meu, definitivamente, é uma cama limpa e sem manchas de sabe lá o quê (ou de quem).

Mesmo com a primeira péssima impressão da cidade, até que não foi um passeio perdido. A cidade é bem bonitinha e foi uma experiência bem legal. Mas a gente deixa essa parte para um próximo post.

Até!